Primeiros socorros para cachorro: como agir em emergências

Não estamos falando de um real atendimento ao animal. Afinal, já adiantamos aqui: a coisa mais importante a se fazer caso haja algum problema com a saúde do cachorro é levá-lo ao veterinário. Para evitar demoras, tenha um contato de emergência sempre à mão e já saiba qual é a clínica de pronto socorro para a qual você pode levar seu pet no caso de uma emergência.

 

Mas, em alguns casos, há atitudes importantes que podem ajudar o cãozinho antes do atendimento veterinário. Então, se você quer ficar atento quanto a esses cuidados, saiba em que caso você pode prestar primeiro socorros para seu cachorro:

 

Eu posso prestar primeiros socorros para cachorro?

A resposta simples é: depende. Como explica a veterinária Mariana Driessen, consultada para este texto, depende muito do tipo de emergência de que estamos falando.

 

Se o caso for um machucado, como um corte feito durante um passeio, é possível tomar algumas medidas iniciais enquanto o cachorro não chega ao veterinário. Nesse caso, Mariana recomenda ter iodo e soro fisiológico com fácil acesso para aplicar na lesão. O soro também serve para lavar um focinho lesionado ou lavar os olhos do cachorro caso tenha alguma irritação ou entre em contato com alguma substância prejudicial.

 

Mesmo nesses casos mais simples, os primeiros socorros para o cachorro não excluem a necessidade de levá-lo ao veterinário. Já nos casos mais graves, isso é ainda mais urgente, mas também há atitudes possíveis que podem melhorar as chances do pet de se sair bem da situação. Veja abaixo:

 

Como agir em emergência com cachorro?

Como dissemos no início, por mais que ninguém queira passar por essa situação, é importante ter em mente as ações mais importantes para o caso de uma emergência com cachorro. Lembre-se: tenha um telefone de emergência e o endereço de um pronto-socorro veterinário sempre por perto.

 

Dito isso, há algumas ações que podem ser tomadas, antes ou no caminho para o veterinário, que podem ajudar a preservar a saúde ou até mesmo salvar a vida do pet. Saiba alguns casos em que os primeiros socorros para cachorro podem fazer a diferença, e o que fazer nessas situações:

 

• Cachorro sem consciência ou desmaiado: Segundo Mariana Driessen, nesse caso a primeira atitude é ver se o animal tem pulsação e está respirando. A pulsação pode ser checada no contato com o coração (lado esquerdo do peito do animal) ou nas veias do pescoço, para sentir se há algum batimento. Para a respiração, aproxime a mão do focinho e veja se há saída de ar, ou observe se há movimento no tórax do animal;

 

• Cachorro sem respiração e/ou batimentos: Nesse caso, você deve ir imediatamente ao atendimento de emergência. No meio tempo, o que pode fazer, segundo Mariana Driessen, é: “deite o cachorro de lado e coloque uma mão embaixo do tórax sobre as costelas. Com a outra mão, faça movimentos comprimindo o tórax, simulando tanto batimentos cardíacos como movimentos respiratórios. Mantenha uma frequência superior aos batimentos de um ser humano, pois cães em sua maioria têm uma frequência cardíaca superior à nossa”;

 

• Cachorro com convulsão: Nesse caso, o cuidado é parecido com o que se deve ter com um ser humano: deite o cachorro de lado e segure a cabeça dele para que não se machuque e não se afogue com saliva e vômito. Mas tem mais: “convulsões são um excesso estímulos nervosos, então não fale alto, diminua as luzes, diminua todo e qualquer estímulo que possa piorar a convulsão”, explica a veterinária;

 

• Insolação: O sol muito forte pode causar desmaios e dificuldades respiratórias em cachorros, principalmente nos pequenos e braquicefálicos (aqueles de focinho achatado que tem a respiração mais pesada, como pug, shih-tzu e buldogue francês). Nesse caso, diz Mariana, é importante resfriar o corpo do animal. Há uma forma correta de fazer isso: “nunca coloque gelo diretamente sobre os principais vasos. Prefira molhar membros e cabeça com água fria, e monitore os sinais vitais.”

 

Meu cachorro está doente. Como saber se é uma emergência?

Às vezes nosso animal de estimação apresenta algum sinal de saúde fraca, mas não sabemos se é o suficiente para levar a um atendimento de emergência, ou se é uma questão de descanso, hidratação ou melhorar a alimentação.

 

Segundo Mariana, há alguns sinais que podem ser observados no cachorro doente para saber se é o caso de levá-lo ao atendimento imediatamente:

 

• Coloração de mucosas: veja a cor das gengivas, pálpebras inferiores e mucosas genitais. Elas devem sempre estar rosadas. Colorações muito pálidas são indicativas de emergência;
• Movimentos respiratórios: uma respiração muito rápida, que você julgue como anormal para o seu cão, são indicativas de dor aguda, o que é uma emergência;
• Andar cambaleante: é indicativo de emergência pois o cão pode estar apresentando sintomas nervosos, ou pode estar próximo de desmaiar;
• Diarréia com sangue em grande quantidade: pode ser indicativo de algumas doenças infecciosas, perfuração interna ou úlceras no trato gastro intestinal. Qualquer um desses casos demanda atendimento imediato do cachorro;
• Falta de apetite e recusa a beber água por mais de dois dias: independente do motivo, isso pode levar a hipoglicemia, o que é uma emergência.

 

Cachorro vomitando ou com diarreia: o que fazer?

Assim como em seres humanos, vômitos e diarreia podem acontecer eventualmente em cães sem que represente um grave risco à saúde. Porém, há o risco de que sejam sinais de um problema mais sério, e nesse caso os primeiros socorros para cachorro são necessários.

 

O envenenamento, por exemplo, é um medo de muitos tutores de pets, e que pode levar a esses sintomas. Se você tem um cachorro vomitando ou com diarreia e desconfia que ele pode ter sido envenenado, a veterinária Mariana Driessen recomenda algumas ações:

 

• Dê a ele carvão ativado por via oral. Ele é vendido em farmácias comuns e vai ajudar o cachorro num primeiro momento;
• verifique os batimentos e a respiração. Se algo estiver falhando, inicie as manobras que citamos acima para esses casos;
• leve imediatamente ao veterinário;
• identificar o veneno será importantíssimo para o atendimento veterinário. Então, se você tiver alguma ideia de qual pode ter sido o fator da intoxicação, diga ao profissional. 

 

Mas, se essa não é sua desconfiança, e o vômito ou diarreia não veio acompanhado de outros sintomas graves, você pode verificar se o problema está na alimentação do cachorro. Nesse caso, deixe o animal em jejum por algum tempo, com acesso apenas a água. Verifique também se ele pode ter comido algo que não devia. Monitore se os sintomas persistem e leve o cachorro ao veterinário para medicação. 

 

Inclusive, se você quiser saber todas as dicas para a alimentação do seu cachorro, confira nosso texto específico sobre o assunto.

 

E então, deu para tirar suas principais dúvidas sobre primeiros socorros para cachorro? A gente espera que você não precise recorrer a essas dicas tão cedo. Mas, se precisar, conte com a Budz nessa e em outras situações para cuidar do seu pet. Baixe nosso app e confira nossas recomendações para todas as etapas da sua jornada com o cachorro.