Pode dar comida para cachorro? Guia para a alimentação do seu pet

Você fez aquela comida super cheirosa e apetitosa e seu cachorro já está do seu lado esperando ganhar um pouquinho. Fala a verdade, você que é tutor de cães já passou por isso, não é? Nossos amiguinhos de quatro patas estão sempre interessados no que estamos comendo, mesmo que tenham a ração os esperando no comedouro.

22/02/2024 • 6 minutos de leitura

Talvez você já tenha ficado com dó da carinha que o pet faz nesses momentos, e pensou: e se eu der essa comida para o cachorro? Será que vai fazer bem? Será que seu cãozinho pode mesmo comer o que também estará no seu prato? 

Sabendo que essas são dúvidas de muita gente, preparamos um texto sobre a possibilidade de dar comida para cachorro. O que pode, e o que não pode? Alimentação natural é melhor ou pior que ração? O que, afinal, seu cachorrinho precisa para estar bem nutrido?

Tire essas dúvidas abaixo, e conte com a Budz para te ajudar na alimentação do seu cachorro:

LEIA TAMBÉM: Saúde do cachorro: como cuidar do pet e quais doenças evitar

 

Quais são as necessidades nutricionais de um cachorro?

A resposta para essa pergunta pode variar de acordo com vários fatores. Alguns deles são: idade, tamanho, raça e nível de atividade do cachorro. Um veterinário poderá avaliar casos específicos e determinar a alimentação ideal para seu pet.

Mas há algumas estimativas sobre os principais componentes que devem estar presentes na alimentação do cachorro. Esses componentes, que podem estar presentes tanto na ração quanto na comida para cachorro, são:

 

  • Proteínas: a proteína é essencial para o crescimento, manutenção e reparo dos tecidos do corpo. Principalmente para o desenvolvimento e manutenção da massa muscular. Em geral, cachorros de médio porte precisam de uma dieta com cerca de 18% a 25% de proteína;
  • Gordura: a gordura fornece energia para o funcionamento do corpo do cachorro e ajuda na absorção de vitaminas. Em média, a dieta do animal deve conter cerca de 10% a 15% de gordura;
  • Carboidratos: fornecem energia e fibras, e estão presentes em grãos, vegetais e frutas. Cerca de 30% a 70% da dieta do cachorro pode consistir em carboidratos, dependendo das necessidades individuais;
  • Vitaminas: as vitaminas são essenciais para várias funções do corpo, como o sistema imunológico, crescimento e desenvolvimento. As vitaminas A, D, E, K e do complexo B são especialmente importantes. As recomendações de quantidades variam de acordo com a vitamina e as características do cachorro;
  • Minerais: cálcio, fósforo, potássio, sódio e outros minerais desempenham papéis cruciais na saúde dos ossos, músculos e sistemas do corpo do pet. Eles também se encontram presentes nas rações e diferentes tipos de comida para cães. As quantidades recomendadas também variam de acordo com o animal e o nutriente;
  • Fibras: as fibras são importantes para o funcionamento do intestino e a prevenção de doenças como obesidade, diabetes e câncer nos cachorros. Como regra geral, os cães precisam de entre 2% e 5% de fibra em sua dieta, mas existem situações em que esse valor pode ser maior, como em casos de constipação, diarréia ou obesidade.

 

E não se esqueça de outro componente vital para a saúde dos cachorros: a água! Em geral, a recomendação é que um cachorro beba, diariamente, cerca de 30 a 60 ml de água por cada quilo de seu peso. Por exemplo, um cachorro de 10 kg deve ingerir entre 300 e 600 ml de água por dia. Certifique-se de que seu cachorro tenha sempre água fresca à disposição.

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Ração ou alimentação natural? Vantagens e desvantagens de cada uma

Tanto a ração quanto a alimentação natural podem trazer os nutrientes essenciais que os cachorros precisam. Ou seja, você pode dar comida para cachorro desde que seja preparada de uma forma saudável para ele e com o balanço nutricional adequado. Seu pet com certeza agradecerá por essa escolha, como explica a veterinária Mariana Driessen:

“A maioria dos cães realmente prefere alimentação natural preparada com alimentos frescos. Porém, para que a alimentação natural seja a única oferecida, é necessária a orientação de um médico veterinário, para que o alimento seja completo em vitaminas, minerais e proporção de cada grupo alimentar”, aponta.

Assim, a vantagem de dar comida para cachorro é que, tendo a orientação adequada, ela agradará mais ao pet; além disso, a alimentação natural também terá uma quantidade menor de conservantes e outros elementos não essenciais da alimentação. A principal desvantagem, porém, é o tempo gasto no preparo dos alimentos, assim como a possibilidade de incluir algum item ou tempero inadequado, que cause uma intoxicação no cachorro – por isso é muito importante ter ajuda veterinária nesse processo.

Já a ração é feita para ter em um único alimento todos os nutrientes necessários para o bem-estar do cachorro. Sua principal vantagem consiste na praticidade da alimentação e no equilíbrio nutricional (desde que seja uma ração de qualidade e dada nas proporções corretas). 

Por outro lado, as rações pecam por serem alimentos processados, que contém corantes, aromatizantes e conservantes. Eles são aditivos químicos que podem causar problemas no organismo dos animais. Além disso, rações que não são de boa qualidade terão ingredientes igualmente ruins, que farão mal aos cachorros ou não serão absorvidos da maneira correta pelo seu organismo. 

Ou seja: dando ração ou comida para cachorro, o importante é que essa opção seja planejada, orientada por um veterinário e fornecida nas porções corretas para os animais não ficarem nem com falta nem excesso de nutrientes em seu corpo.

 

Como saber se uma ração de cachorro é boa?

Assim como nos alimentos para humanos, podemos ter uma noção da qualidade da ração de cachorro olhando os rótulos e lista de ingredientes. Dependendo do que estiver listado, é possível saber se trata-se de um alimento de qualidade ou não.

Os nutrientes da ração geralmente estarão listados em ordem decrescente de importância, e o mais importante deles é a proteína. É importante ver se a ração tem uma proteína de alta qualidade, como carne, peixe ou frango. Essas são melhores que aquelas que contêm subprodutos como farinha de ossos, ou proteína vegetal como glúten de milho Verifique também a quantidade de proteína e outros grupos alimentares, para ver se estão nas proporções que citamos acima;

Além disso, você deve levar em conta a raça e idade de seu cachorro, já que rações em geral são voltadas para diferentes faixas etárias, e há também aquelas feitas para raças específicas que têm suas próprias necessidades. Leve em conta também necessidades especiais do seu cachorro: para cães com alergias, por exemplo, é necessária uma ração hipoalergênica.

Você verá que, de forma geral, as melhores rações para cachorro são descritas como premium ou super-premium. Por consequência, elas são também bastante caras. Mas não se preocupe. Há rações “comuns” de boa qualidade também. Converse com seu veterinário e ele ou ela poderá te indicar alguma!

LEIA TAMBÉM: Tudo sobre banho em cachorro: o guia para a higiene do seu pet

 

Quero dar comida natural para o cachorro: que cuidados tomar, e o que devo incluir?

Se a sua opção é dar comida para o cachorro, há alguns cuidados importantíssimos a se levar em conta. Os principais são:

  • Escolher ingredientes de qualidade, frescos e sem temperos;
  • Cozinhar bem as carnes, peixes, ovos e ossos moles para evitar bactérias e parasitas;
  • Balancear a proporção de proteínas, carboidratos, gorduras, fibras, vitaminas e minerais de acordo com as necessidades do seu cachorro.

Segundo a veterinária Mariana Driessen, alguns elementos indicados para compor a comida para cachorro são: carnes magras (sem ossos); legumes diversos como cenoura, mandioquinha, chuchu, berinjela, couve flor, ervilha, pepino, batata doce, entre outros; grãos como arroz e feijão verde.

Já alimentos que não devem ser dados para cachorros em hipótese alguma, segundo ela, são: chocolate, leite, cebola, alho, macadâmia, batata crua, aspargos, uva, uva passa, abacate, café, adoçante xilitol, embutidos, molho de tomate, ossos pequenos ou finos ossos de galinha e espinha de peixes.

Não esqueça: na dúvida se você pode ou não ofertar um alimento para seu cachorro, procure ajuda veterinária.

 

Cachorros idosos e filhotes: como deve ser a alimentação? 

Cachorros filhotes e idosos têm necessidades especiais que devem ser observadas em sua alimentação. Lembre-se de que existem rações específicas para esses cães, que já levam essas necessidades em consideração.

No caso de filhotes, o ideal é que, nos primeiros 45 dias de vida, ele se alimente apenas de leite materno. Após esse período ele pode passar pelo desmame e passar a comer ração específica para filhotes, seca ou úmida. Alimentos para cães filhotes devem ser sempre mais macios e de fácil ingestão comparados aos dados para adultos. E, se você for dar comida para cachorro filhote, lembre-se de introduzir novos alimentos com cautela e quantidade limitada, para verificar o possível surgimento de alergias.

Não é só na alimentação que cães filhotes precisam de cuidados especiais. Para saber tudo o que envolve cuidar de um cachorro nas suas primeiras semanas de vida, leia nosso texto a respeito.

Cães idosos têm algumas necessidades parecidas, como alimentos macios e de fácil mastigação, já que seus dentes e mandíbula já não possuem a mesma força de quando eram jovens. É importante também que a comida para cachorro idoso tenha quantidade reduzida de gorduras e carboidratos, e alta de fibras e proteínas. Dependendo do caso, também é importante dar suplementos vitamínicos para equilibrar o organismo e reduzir os sintomas do envelhecimento. Verifique essa necessidade com seu veterinário.

Esses são os principais pontos a se levar em conta na hora de considerar dar comida para cachorro! Conseguiu tirar suas dúvidas? Se restar mais alguma, não deixe de baixar o app da Budz, pois ali temos ferramentas para te ajudar em diversos momentos da vida com seu pet!

Rafael Faustino

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